Com quatro casos positivos, Vitorino acende alerta para a tuberculose

Na tarde desta quinta-feira (6), a Secretaria de Saúde de Vitorino emitiu um alerta com relação à doença infecciosa e transmissível tuberculose, que afeta principalmente o pulmão e possuí formas de contágio parecidas com a Covid-19 e outras síndromes respiratórias. De acordo com o último boletim epidemiológico da doença, o município possuí quatro casos ativos da doença, 27 suspeitos e dois óbitos já registrados. O principal objetivo da gestão pública no momento, é diminuir o contágio, de acordo com a secretária de saúde, Simone Lorenst Gutstein. “Estamos trabalhando bastante com orientação, através dos agentes de saúde, que estão de casa em casa, perguntando se as pessoas tiveram tosse, e quando a gente fala em tosse suspeita de tuberculose, é aquela que perdura mais de três semanas acompanhada de febre noturna e o emagrecimento sem causa aparente, junto do cansaço. Temos orientado nossa população que ela não compartilhe chimarrão; que ao sair de casa, que ela use máscara; se ela fizer uso de narguilé, que não compartilhe com outras pessoas”, explica Simone.

 

Sobre o protocolo que a Secretaria tem observado, Simone afirma que mesmo em casos suspeitos, já são administrados os primeiros medicamentos. “Os pacientes que chegam com suspeita nós estamos coletando o exame e encaminhando para o LACEN (Laboratório Central do Estado do Paraná) e já damos os primeiros encaminhamentos, os primeiros medicamentos conforme conduta médica. Os que são positivos também seguem um rol de orientações, conforme o médico prescreve. O que nós fazemos também é a testagem dos contatos domiciliares, ou seja, lá na casa do seu Pedrinho por exemplo, ele é o paciente positivo e tem mais três pessoas morando na casa, nós testamos mais os contatos domiciliares, e se houver positividade sim, aí nós pedimos para aquela família permanecer em casa pois a nossa preocupação é o contágio, que é o aumento diário destes casos”, afirma a secretária.

 

No caso da tuberculose, não há necessidade de um isolamento social, porém, há sim de no caso de suspeita, utilizar a máscara, e não compartilhar itens pessoais, como chimarrão, por exemplo. “Não existe um isolamento social, o que nós pedimos é que as pessoas com sintomas suspeitos, usem máscara ao sair de casa. É diferente do COVID-19, por exemplo. Na tuberculose não há isolamento total da pessoa, porém existe a necessidade de usar máscara ao sair de casa. Outra medida que nós estamos pedindo, é que os nossos funcionários aqui, que a equipe de saúde use máscara, porque nós sabemos que o contágio ele é feito pelas vias aéreas, ao espirrar ou através da própria saliva, é no tomar chimarrão, e no compartilhar destes itens, desta forma que se faz o contágio da tuberculose”.

 

O município de Vitorino já confirmou dois óbitos por tuberculose, sendo dois masculinos jovens, entre 30 e 40 anos, e possuí ainda, um paciente hospitalizado. Os óbitos registrados não eram parentes, e os casos não têm relação, a não ser, as comorbidades, ou seja, condições médicas que somadas à tuberculose, agravaram a situação dos casos.